Pós-Graduando Curso Banca Examinadora Defesa Pública Defesa FRANCISCO RAFAEL RIBEIRO SOARES MA Sandra Aparecida de Almeida (UFPB), Clélia Albino Simpson, Milva Maria Figueiredo de Martino, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda 09/12/2014 09:00 SOARES, F. R. R. Representações sociais de familiares sobre o atendimento das emergências psiquiátricas. 2014. 127 fls. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Enfermagem) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, 2014. Os movimentos reformistas no campo da saúde mental apontaram bandeiras de luta, entre as quais se destacam a priorização da produção de cuidado em saúde mental fora do ambiente manicomial, objetivando a redução dos leitos psiquiátricos, maior controle sobre a internação, coparticipação da família e o resgate da cidadania dos atores sociais envolvidos. Com a diminuição progressiva dos leitos manicomiais associada a uma série de problemas estruturais nos serviços de saúde, tem sido cada vez mais frequente a ocorrência de crises fora do ambiente hospitalar, dando à família importante papel terapêutico. Diante deste cenário, urge a necessidade de compreender a construção social do atendimento às emergências psiquiátricas, identificando os significados atribuídos pelos familiares aos aspectos constitutivos destas. O presente estudo busca responder à seguinte questão de pesquisa: quais as representações sociais de familiares sobre o atendimento das emergências psiquiátricas no município de Mossoró, Rio Grande do Norte? Objetiva-se analisar as representações sociais dos familiares acerca do atendimento das emergências psiquiátricas no município de Mossoró, Rio Grande do Norte. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem mista, utilizando-se de multimétodos: para coleta, a entrevista semiestruturada e a Técnica de Associação Livre de Palavras; para a análise dos dados utilizou-se a Análise temática de Bardin e suas etapas com o suporte informacional dos softwares ALCESTE (Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte) e Iramuteq (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) e do suporte teórico das representações sociais. Os sujeitos participantes do estudo, em número de 72, foram selecionados a partir dos seguintes critérios: maiores de 18 anos com grau de parentesco com usuários que sofram de algum transtorno mental e comportamental e que já tenham presenciado alguma situação de crise, resgatado pelo SAMU ou outro meio e conduzido ao hospital psiquiátrico ou pronto-socorro geral. Resultados preliminares apontam: 1. Nota prévia do projeto de pesquisa com o objetivo divulgá-lo no meio científico e garantir a propriedade intelectual do trabalho 2. A análise contextual do atendimento às emergências no locus do estudo. A reflexão sobre o fenômeno denomina o atendimento às emergências psiquiátricas como contexto imediato; os aspectos técnicos e operacionais que influenciam no atendimento, como contexto específico/geral; e as políticas de saúde mental no Brasil são identificadas como metacontexto; 3. A revisão sistemática a partir de ensaios clínicos randomizados nas bases de dados PubMed, Cochrane, Lilacs, Scielo e SCIRUS, sendo utilizados os descritores: Restrição física, Serviços de emergência psiquiátrica, Restraint, Physical e Emergency Services, Psychiatric. Somente um trabalho atendeu aos critérios do protocolo de busca: um ensaio de curta duração que registra resultados limitados sobre a proporção de pessoas que estão em restrição e isolamento. Não apresenta resultados estatisticamente significativos em relação a indicações, contraindicações e riscos da utilização da restrição física; 4. As representações sociais do atendimento às emergências psiquiátricas. Os resultados do estudo apontam a presença de cinco categorias temáticas: 1. sentimento diante da crise/atendimento; 2. pensamento e perspectivas sobre a crise/atendimento; 3. centralidade do atendimento no tripé médico-medicação-internação; 4. o pensar/agir diante do uso da restrição física e força policial; 5. periodicidade das crises. O núcleo central da representação se encontra na primeira categoria, enquanto os elementos periféricos na terceira e quinta categorias. A zona de contraste na segunda e quarta categorias. A tristeza é o elemento de maior destaque da estrutura. As representações sociais sobre o atendimento às crises psiquiátricas se encontram em um momento de transição entre os modelos hegemônico e reformista, sendo os aspectos tradicionais ainda predominantes, mas já apresentando elementos periféricos e de contraste que apontam para uma possível mudança no campo representacional. Palavras-Chave: Saúde Mental. Serviços de Emergência Psiquiátrica. Teoria das Representações Sociais. Enfermagem. CLARA TAVARES RANGEL MA Antonia Regina Ferreira Furegato (EERP/USP), Gilson de Vasconcelos Torres, Raionara Cristina Santos Araújo, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda 10/12/2014 09:00 RANGEL, Clara Tavares. Perfil e atuação dos profissionais de nível médio de enfermagem dos Centros de Atenção Psicossocial sobre as Políticas de Saúde Mental. 105 fls. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2014. Este estudo objetivou caracterizar a opinião e a prática em saúde mental do ponto de vista dos profissionais de nível médio de enfermagem dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do estado do Rio Grande do Norte (RN). Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa realizado no período de junho a setembro de 2014 nos 38 CAPS distribuídos pelo estado. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN) sob parecer n° 508.430 CAAE: 25851913.7.0000.5537 em 20 de dezembro de 2013 os dados foram coletados a partir de um questionário estruturado com questões fechadas e semiabertas. A população correspondia a 75 profissionais de nível médio de enfermagem. Com os critérios de inclusão: lotação no serviço por no mínimo três meses e estar em exercício no período de coleta, a amostra resultou em 48 profissionais. A perda de 36% dos sujeitos deu-se por recusa, afastamento, recém-lotação no serviço, férias e licença-maternidade que corresponderam aos critérios de exclusão. Os dados quantitativos foram tabulados e analisados pela estatística descritiva com o auxílio do software Statistical Package for the Social Scienses (SPSS) versão 20.0, aplicando-se o teste Qui-Quadrado e Exato de Fisher de acordo com as variáveis selecionadas para o estudo. Os dados qualitativos foram preparados e tratados para a criação de um corpus e analisados com o auxílio do suporte informacional do software Análise Lexical por Contexto de um Conjunto de Segmentos de Texto (ALCESTE) associado a análise de conteúdo de Bardin. Os resultados originaram dois artigos científicos. O primeiro artigo intitulado “Perfil e atuação dos profissionais de nível médio de enfermagem dos centros de atenção psicossocial: estudo descritivo” compreende o perfil e atividades desenvolvidas pelos profissionais de nível médio que atuam nos CAPS do estado do RN. Neste foi possível elencar diferenças significativas em relação aos dois locais de coleta (capital/interior), sugerindo explicações e alertando para a exclusão desses profissionais na elaboração do Projeto Terapêutico Individual de cada usuário. O segundo denominado “Política, prática e formação em saúde mental: a voz dos profissionais do nível médio de enfermagem” traz a opinião desses sobre a política, prática e formação em saúde mental. Esses dados qualitativos originaram cinco categorias: Papeis e funções dos profissionais de nível médio de enfermagem; O “eu” na prática profissional; Necessidades acadêmicas e profissionais; A rotina nos CAPS; Insatisfação entre o dito e o feito no espaço da atuação. Os achados revelaram que os participantes da pesquisa são predominantemente do sexo feminino com média de 37 anos de idade, ganham até 999 reais e trabalham acima de 30h/semanais no serviço pesquisado. Realizam atendimento individual, familiar e em grupo. Diferenças estatisticamente significantes foram identificadas entre os profissionais da capital e do interior. Suas opiniões revelaram que apesar dos avanços obtidos com a reforma psiquiátrica ainda existem desafios para a sua concretização principalmente em relação aos recursos humanos. Descritores: Saúde Mental; Serviços de Saúde Mental; Recursos Humanos em Saúde; Enfermagem; Enfermagem Psiquiátrica. KALYANE KELLY DUARTE DE OLIVEIRA DO Antonia Regina Ferreira Furegato (EERP/USP), Sandra Aparecida de Almeida (UFPB), Clélia Albino Simpson, Gilson de Vasconcelos Torres, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda 10/12/2014 14:00 OLIVEIRA, K. K. D. de. Atuação dos profissionais no atendimento as famílias nos Centros de Atenção Psicososial do Rio Grande do Norte 2014. XX fls. Defesa (Doutorado) – Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2014. Este estudo objetivou avaliar a atuação dos profissionais no atendimento as famílias nos Centros de Atenção Psicosocial (CAPS) do Rio Grande do Norte (RN), a partir dos papéis e funções desempenhados pelos profissionais nestes serviços. Para isso, apontou-se como objetivos específicos: Descrever o perfil e as atividades desenvolvidas pelas equipes de saúde mental nos CAPS do RN; Conhecer a opinião dos profissionais das equipes de saúde mental quanto à política, às práticas e à formação em saúde mental; Verificar a adequabilidade dos papeis e funções dos profissionais que atuam nos CAPS do RN em relação ao atendimento as famílias. Trata-se de um estudo analítico, transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa. Coletaram-se os dados por meio de questionário, em 33 CAPS do RN, entre março e outubro de 2014, após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa/UFRN, parecer nº217.808, CAAE: 10650612.8.1001.5537, em 1 de março de 2013. Adotou-se a amostra, definida através de critérios de inclusão e exclusão, compondo-se de 183 profissionais. A preparação do banco de dados seguiu dois passos: 1. Preparo e tratamento dos dados das questões fechadas do instrumento de pesquisa relativas à caracterização e práticas em saúde mental dos sujeitos da pesquisa por meio do recurso informacional do Statistical Package for the Social Scienses (SPSS) Statistics versão 20.0; 2. Para verificar o nível de significância optou-se pela aplicação do teste Qui-quadrado. Preparo e tratamento do corpus formado pelas respostas às questões abertas relativas às políticas, práticas e formação na psiquiatria por meio do software Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte (ALCESTE) e categorizados conjuntamente pela técnica de Análise de Conteúdo. A análise de dados apoia-se na literatura pertinente. Explicitaram-se os resultados através de três artigos que enceram os seguintes resultados: O primeiro artigo, perfil dos participantes, caracterizou-se por predominância do sexo feminino (76,5%), na faixa etária de 40 a 58 anos (61,7%). Trabalham entre 30 e 40 horas semanais (63,5%), com atuação na saúde mental há mais de 10 anos (98,4%). A amostra estudada direciona o atendimento a grupos familiares (65,7%), predominando o atendimento em equipe entre os assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e terapeutas ocupacionais. O médico realiza os atendimentos sem interação com a equipe (48,6%). Sobre as dificuldades encontradas nos serviços ordenam-se em: materiais e insumos (75,1%), financeiras (78,5%) e estruturais (66,9%). O segundo artigo encerra dados qualitativos organizados em cinco categorias: Promoção da reabilitação dos usuários dos CAPS; Necessidades de capacitações; Conflitos e satisfações do trabalho em equipe; Práticas desenvolvidas nos CAPS; Dificuldades de efetivação da Política de Saúde Mental. O terceiro artigo evidencia a inadequabilidade do atendimento destinado as famílias (93,4%) e comparando-se os atendimentos as famílias e aos grupos nos CAPS os dois tipos mostram-se inadequados: família (92,63%), grupos (92,60%). Os principais dados obtidos revelam a necessidade urgente de transformação na atenção psicossocial. Evidencia-se ainda, a importância de investimentos em insumos, estrutura física e na capacitação de recursos humanos para os CAPS. PALAVRAS CHAVES: Família; Grupos Populacionais; Serviços de Saúde Mental; Papel Profissional FRANCISCO DE SALES CLEMENTINO DO Sandra Aparecida de Almeida (UFPB), Gilson de Vasconcelos Torres, Isabelle Katherinne Fernandes Costa, Clélia Albino Simpson, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda 11/12/2014 14:00 CLEMENTINO, Francisco de Sales. avaliação de estrutura, processos de gestão e acolhimento dos Centros de Atenção Psicossocial do Município de Campina Grande, Paraíba/BR. 159 fls. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2014. No Brasil, a Reforma Psiquiátrica organiza-se com base nos pressupostos da Reforma Sanitária e da Psiquiatria Democrática Italiana com vistas a eliminar o modelo hospitalocêntrico. Objetivo: Avaliar a estrutura e o processo de trabalho desenvolvido nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), englobando a satisfação, o perfil, as condições e a sobrecarga de trabalho dos profissionais. Aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), protocolo nº 719.435, de 30/05/2014. Métodos: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido em cinco Centros de Atenção Psicossocial, a saber: 02 CAPS I, 01 CAPS II, 01 CAPS III e 01 CAPSAD, de Campina Grande-PB. A população do estudo constitui-se de todos os coordenadores dos cinco CAPS, incluindo 42 profissionais de nível superior, 71 de nível médio (técnicos e auxiliares de enfermagem, e cuidadores), e os prontuários referentes a 2.297 usuários atendidos. Para assegurar a representatividade das informações, calculou-se uma amostra aleatória estratificada com partilha proporcional, considerando-se os seguintes parâmetros: erro α de 5%, nível de confiança de 95%, poder do estudo de 80%, estimativa de proporção de 10% e o índice de proporcionalidade específico para os profissionais de nível (superior e médio) e os prontuários. Coletou-se os dados através de questionários validados, elaborados para o estudo CAPSUL (Avaliação dos CAPS da Região Sul do Brasil), entre julho e outubro de 2014. Os questionários foram duplamente digitados e submetidos à validação no sub-programa Validate do Epi Info 3.5.4, utilizado juntamente com o SPSS, 17.0 para o processamento das análises estatísticas. Resultados: A partir da análise dos prontuários dos usuários atendidos nos CAPS, observou-se um predomínio de mulheres na faixa etária adulta. Destacou-se como psicopatologia mais frequente, à esquizofrenia. Quanto às internações antes e após o ingresso nos CAPS, registrou-se para o hospital geral 14 internações (3,5%) antes e sete (1,7%) depois, diferença não significante (p=0,612). Ressalta-se que, em hospitais psiquiátricos, após o ingresso, houve redução para o máximo de três internações. O número total reduziu de 117 (29,1%) para apenas 11 (2,7%); redução estatisticamente significante (p=0,002). Quanto às formas de contração dos profissionais de saúde, os resultados evidenciam a existência de contrato temporário. A maior proporção de insatisfação com todos os parâmetros avaliados deu-se naqueles profissionais que se consideram sobrecarregados no trabalho. Entretanto, a única diferença estatisticamente significante estava relacionada com o “grau de responsabilidade” (90,9%; p=0,04). Observou-se forte associação da insatisfação dos profissionais de saúde com fatores relacionados ao conteúdo e às condições de trabalho no CAPS, relativa às medidas de segurança, conforto e aparência dos CAPS, contato entre as equipes e usuários, e tratamento das famílias por parte das equipes. Chama à atenção que estes aspectos são aqueles que não dependem diretamente da atuação dos profissionais. Conclui-se que o fortalecimento dos CAPS requer e exige um compromisso intersetorial, a partir do nível governamental, em garantir os recursos para a operacionalização de suas ações e assegurar aos usuários e à sua família a oferta e o acesso aos serviços de saúde. PALAVRAS-CHAVES: Saúde Mental. Centros de Atenção Psicossocial. Pesquisa em Avaliação. Enfermagem. JOÃO MÁRIO PESSOA JÚNIOR DO Antonia Regina Ferreira Furegato (EERP/USP), Sandra Aparecida de Almeida (UFPB), Gilson de Vasconcelos Torres, Raionara Cristina Santos Araújo, Milva Maria Figueiredo de Martino, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda. 12/12/2014 10:00 PESSOA JÚNIOR, J. M. Perfis e práticas dos profissionais de saúde mental em dois hospitais psiquiátricos de grande porte. 2014. 131 fls. Defesa (Doutorado) – Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2014. Na rede de atenção psicossocial brasileira, os profissionais de saúde são atores importantes no processo de transformação das políticas públicas em saúde mental entre os diversos serviços, e, na realidade do hospital psiquiátrico, entende-se a necessidade ampliar o debate em torno do atual contexto de práticas desenvolvidas. O estudo objetiva analisar o processo de reforma psiquiátrica e a política de saúde mental no Estado do Rio Grande do Norte (RN) a partir dos perfis e práticas dos profissionais de nível superior em hospitais psiquiátricos. Pesquisa transversal e descritiva, com dados quantitativos e qualitativos, realizada nos hospitais psiquiátricos do RN. O universo da população alvo foi de 95 profissionais, considerando-se a margem de erro de 8%, taxa de não resposta e critérios de inclusão, chegou-se a uma amostra de 60 profissionais, o instrumento de coleta de dados foi um questionário de perguntas fechadas e semiabertas sobre o perfil socioeconômico, as políticas, as práticas e a formação em saúde mental. Os dados quantitativos foram tabulados em software estatístico SPSS e para análise utilizou-se estatística simples e bivariada, do tipo qui-quadrado, adotando-se o nível de significância valor p<0,05. Para análise dos dados utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. Os achados nas questões semiabertas qualitativos no ALCESTE, quatro grandes eixos temáticos: Atuação profissional em saúde mental; Formação em saúde mental; Cenários da reforma psiquiátrica e o hospital psiquiátrico; Políticas e práticas em saúde mental: desafios para profissionais no hospital. O perfil dos profissionais revelou a maioria do sexo feminino (89,7%), enfermeiras (36,7%), faixa etária de 50-59 anos (42,9%), carga horária de 40 horas semanais (52,4%), tempo de conclusão da graduação de 6 a 15 anos (57%) e 21,4% mencionaram ter especialização em saúde mental. Sobre as práticas desenvolvidas, no atendimento individual encontrou-se associação entre quem não constrói ou faz parcialmente o projeto terapêutico associado a quem realiza cuidados de observação e anotação; no atendimento familiar, teve-se cuidado de consulta na crise; e, no atendimento de grupo a recreação. Na análise dos eixos temáticos observou-se que apesar de mudanças identificadas nos perfis e práticas dos profissionais de nível superior nos serviços de atenção à saúde mental, com a implementação de novas políticas públicas para a área, os achados sugerem a confluência de assimetrias e divergências na atuação das equipes nos hospitais psiquiátricos, à dificuldades na gestão do serviços, as reinternações frequentes, reduzido quantitativo de serviços e equipamentos disponíveis, à alta demanda de usuários, desarticulação da rede de atenção psicossocial, e a própria escassez de recursos humanos qualificados para compor esses serviços. Assim, os cenários evidenciados circunscrevem, em parte, o descompasso político e ideológico atual do processo de reforma psiquiátrica nacional que ora nega o papel da assistência realizada no ambiente hospitalar, embora não tenha avançando o suficiente com a criação de novos serviços que justifiquem a extinção total dessa instituição. Descritores: Serviços de saúde mental; recursos humanos; educação; enfermagem; saúde mental. RAFAELLA LEITE FERNANDES DO Antonia Regina Ferreira Furegato (EERP/USP), Francisca Lucélia Ribeiro Farias (UNIFOR), Daniela Dantas Vieira, Gilson de Vasconcelos Torres, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda 12/12/2014 15:00 FERNANDES, R. L. Conhecimento dos gestores da saúde mental e assistência individual dos profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial do Rio Grande do Norte. 2014. 74 f. Exame de Qualificação (Doutorado) – Departamento de Enfermagem, Natal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014. Este estudo surgiu da necessidade de se conhecer qual a assistência realizada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Rio Grande do Norte (RN) diante dos avanços e desafios, novos e velhos na pactuação de caminhos intersetoriais, da consolidação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Estado e diante da legislação atual que rege a saúde mental não só do RN, mas de todo o Brasil. Definiu-se como problemática desse projeto as seguintes inquietações: Quais são as atividades desenvolvidas no atendimento individual pelos profissionais de nível superior dos CAPS da Rede de Atenção Psicossocial do Rio Grande do Norte? E, mais do que isso, qual o conhecimento dos gestores destes serviços sobre a Reforma Psiquiátrica? Além de questionar: que fundamentação teórica própria a enfermagem pode utilizar como auxilio no trabalho dentro destes serviços? Nesse sentido, objetivou-se: Discutir uma fundamentação, apoiada na Teoria das Relações Interpessoais de Hildegard Peplau para a atuação do enfermeiro nos CAPS; Descrever as atividades desenvolvidas pelos profissionais de nível superior no atendimento nos CAPS do RN; Identificar o conhecimento dos gestores dos CAPS do RN a respeito da Reforma Psiquiátrica. Trata-se de um estudo de natureza descritiva e abordagem quanti-qualitativa, realizado nos CAPS do interior do RN, totalizando 33 serviços, onde 179 profissionais de nível superior responderam a questionários estruturado com questões abertas e fechadas a respeito do trabalho que desenvolvem diariamente nos serviços em que atuam; e 24 coordenadores de saúde mental dos municípios, além do coordenador estadual da RAPS foram entrevistados a respeito do seu conhecimento sobre a reforma psiquiátrica e a realidade enfrentada pela saúde mental do município que é responsável. Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CEP/UFRN), sob o parecer nº 508.430 CAAE: 25851913.7.0000.5537 em 20 de dezembro de 2013, os dados foram coletados de agosto a outubro de 2014 nos 26 municípios do interior do Estado que dispõem de CAPS. Os dados quantitativos foram tabulados e analisados pela estatística descritiva com o auxílio do software Statistical Package for the Social Scienses (SPSS) versão 20.0, enquanto os dados qualitativos foram preparados em um corpus e analisados com o auxílio do suporte informacional do software gratuito Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (Iramuteq), que permite fazer análises estatísticas textuais, categorização e tabelas de indivíduos/palavras que serão submetidos a análise de conteúdo de Bardin. Como resultado preliminar apresenta-se o artigo intitulado “Cuidado de enfermagem nos CAPS: análise da Teoria de Peplau a partir de Ann Whall” onde se discute, dentro dos componentes estruturais da teoria, suas considerações básicas para o desenvolvimento das ações de enfermagem diante do paciente psiquiátrico nos CAPS. A avaliação revelou que os pressupostos teóricos de Peplau são operacionalizáveis nestes serviços e podem fundamentar o processo terapêutico e reabilitatório dos enfermeiros na comunicação e interação com os usuários do serviço. Palavras-Chaves: Saúde mental; serviços de saúde mental; recursos humanos em saúde; pesquisa metodológica em Enfermagem. ELIANE SANTOS CAVALCANTE DO Ana Cristina Mancussi e Faro (USP), Francisco Ricardo Lins Vieira de Melo (UFRN), Gilson de Vasconcelos Torres, Izaura Luzia Silvério Freire, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda 12/12/2014 17:00 CAVALCANTE, E.S. Trajetória de vida dos pescadores vítimas de lesão medular no litoral do Rio Grande do Norte/RN. 2014. 176 fls. Defesa (Doutorado) – Programa de Pós- Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2014. A lesão medular ocasiona manifestações incapacitantes permanentes, afetando a integridade anatômica, mudanças corporais e limitações funcionais pertinentes ao estado de deficiência. Objetivou-se analisar a trajetória de vida dos pescadores com lesão medular vítimas de acidente por mergulho nas praias do litoral Norte/RN. Trata-se de estudo exploratório-descritivo, com dados quantitativos, qualitativos e representacional, desenvolvido em colônias de pescadores de nove praias do litoral Norte/RN, entre outubro de 2013 a agosto de 2014, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN, parecer nº 431.891/2013, CAAE 20818913.0.0000.5537. A amostra compôs-se por pescadores acometidos por lesão medular, definida a partir dos critérios de inclusão e de exclusão dos participantes. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Analisaram-se os dados quantitativos por meio da estatística descritiva, apresentando-os em forma de tabelas, quadros e gráficos, utilizando o Microsolft Excel. Submeteram-se os dados das entrevistas ao software Analyse Lexicale par Contexte d`um Ensemble de Segments de Texte (ALCESTE) e à luz da análise da Teoria das Representações Sociais e Teoria do Núcleo Central. Esclarece-se e apresentam-se os resultados da pesquisa a partir de quatro artigos, seguindo recomendações normativas dos periódicos: 1. Caracterização dos pescadores artesanais atendidos em hospital naval vítimas de doença descompressiva, em análise documental. Dos 28 pescadores artesanais estudados, todos eram do sexo masculino, faixa etária de 31 a 40 anos (53,6%) e casados (35,7%). A doença descompressiva ocorreu prevalentemente no baixo verão (75,0%), litoral Norte (96,4%), tendo como principais agravos a parestesia e dor nos membros superiores (67,9%), seguido de lesão medular (57,1%) e óbitos de 25,0%. 2. Estresse e ansiedade em pescadores artesanais vítimas de lesão medular. Estudo descritivo: Dos 44 participantes, todos eram do sexo masculino, média de idades de 49,6 anos, ensino fundamental (68,2%), casados (77,3%); com sequela de paraplegia (50,0%). A maioria apresentava estresse (75,0%), encontrando-se na fase de quase exaustão (33,3%), com sintomas prevalentes de insônia (95,5%) nas últimas horas; hipertensão (97,7%) na última semana e dificuldades sexuais (95,5%) no último mês. 3. Experiências, memórias, scripts, representações sociais sobre lesão medular para pescadores vítimas de acidentes por mergulho: A análise de 10 entrevistas permitiu a construção de três categorias: Incapacidade na coordenação sensório-motora da deambulação; Ressignificação da deficiência e o sentido da dependência e Autonomia e adaptação limitante. 4. Representações sociais de pescadores artesanais vítimas de lesão medular: repercussões na trajetória de vida. A análise de 31 entrevistas sob a ótica da compreensão das Representações Sociais da lesão medular permitiu a construção de sete categorias: Tratamento: limitações e expectativas; Lesão Medular: antes e depois; Aposentadoria: uma realidade ainda distante; Deficiência: dependência, incapacidade e vulnerabilidade; Superação e autonomia; Sentimentos do eu: perdas físicas e recomeço; Vida e trabalho: impedimentos, planos e mudanças. Conclui-se esse estudo com o alcance dos objetivos, cuja temática é relevante para a saúde pública de homens pescadores. Sugere-se medidas de prevenção, promoção e recuperação da saúde do homem pescador, além das condições seguras, saudáveis e dignas como compromisso das políticas de saúde. Palavras chave: Saúde do Homem; Saúde Mental; Traumatismo da Coluna Vertebral; Paraplegia; Pesca; Representação; Enfermagem.

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